INTRODUÇÃO: O
profeta Elias surge em Israel como um grande clarão em meio as trevas, no
estudo passado pode perceber que Israel (reino norte) estava preso a idolatria
introduzida por um rei manipulado por sua mulher idólatra, a adoração de Baal e
Aserá tinham se tornado algo comum na religiosidade israelita, mas o Deus do
Elias não permitiria o povo coxiar entre dois pensamento, e buscou em Tisbe um
homem com a coragem para proclamar o juízo de Deus para aqueles dias. Surge o
profeta Elias.
1.
ORIGEM, CHAMADO E VOCAÇÃO DO PROFETA
De acordo com o texto de I Reis. 17.1, o profeta Elias era originário de
Tisbi, segundo a arqueologia tradicional essa região fica a 8 quilômetro ao
norte do Rio Jaboque, nas terras de gileade. Tisbe só é citada uma única vez em
toda a Bíblia Sagrada, mas o texto apócrifo de Tobias faz referência a esse
lugarejo colocando em outra região da palestina, mas precisamente nas regiões
de Naftali. (Tb. 1.2). Não há necessidade de precisarmos se Tisbi é em Gileade
ou Naftali, mas temos uma certeza, Elias não aparece a profetizar em Israel do
nada, por certo já era uma figura respeitada e conhecida entre os israelita dos
dias de Acabe.
Como era costume no Oriente Próximo os nomes sempre estavam relacionado
com a personalidade do portador, o nome Elias é a junção de duas pronúncias
hebraícas El e Yah,que significa Jeová é Deus. O nome já
justifica a sua missão, Deus levanta o profeta Elias em tempo de apostasia
espiritual em Israel, onde Deus tinha deixado de ser adorado para dá lugar ao
culto de Baal para afirmar que só existe um Deus, o Deus vivo (Yahwe).
Mas afinal, quem era
Elias? O Livro de I Reis relata algumas características do profeta, vejam quais
são:
- Era um homem de autoridade (I Reis. 17. 1)
- Obedecia a voz de Deus (I Reis. 17. 5)
- Era apregoador da justiça de Deus (I Reis. 18. 16-18)
- Era um amante da oração, enquanto Acabe come Elias orava I Reis. 18. 42)
- O poder de Deus lhe deu vigor físico (I Reis. 18. 46)
- Elias era homem igual a nós (Tg. 5. 17,18)
2.
O RELACIONAMENTO DE ELIAS COM ACABE
Como já podemos ver na lição passada (A Apostasia no Reino de
Israel), A nação escolhida por Deus estava em completo caos espiritual, a nação
padecia sem o amparo de uma pai (Deus), sob o reinado de Acabe, a casa de
Israel começa a ter um relacionamento com outros deuses, praticando assim uma
espécie de adultério espiritual com os baalins. Elias surge neste cenário
sempre mantendo duros encontros com Acabe e a corte de Israel. Em um dos
encontros de Elias com Acabe, o profeta é responsabilizado pela situação de
caos climático que a nação se encontrava (I Reis. 18. 17), quando o profeta é
acusado de causar problema em Israel, o que Moody chama de infantilidade de
Acabe, o profeta logo faz o rei lembrar que a causa de todos os males em Israel
é fruto do pecado de Acabe e de sua família (v. 18). Enquanto Cabe e sua
família desconhecia os princípios de Deus, o profeta representava a voz de
juízo para aqueles dias.
No momento que Deus resolve trazer mais uma vez a chuva e
acabar com a seca em Israel, o profeta trava mais um breve dialogo com o Reis,
ele o orienta a comer e beber e esperasse a chuva, já Elias foi orara ao senhor
(I Reis. 18. 42).
Após todos os grandes feitos do Carmelo, com a queda de
fogo do céu, a morte dos profeta de Baal e Aserá o profeta teve que fugir, pois
a mulher de Acabe ameaça Elias de morte (I Reis. 19. 2), a ameaça de Jezabel
fez o profeta temer e fugir, segundo o comentário Moody, a fuga de Elias foi a
princípio para o reino de Josafá (Judá), um reino que seguia os preceitos divinos,
mas não se deu ao luxo de ficar na cidade, ele deixou o seu servo em Berseba (I
Reis. 19. 3) e partiu para o deserto impossibilitando assim dos espiões de
Jesabel lhe encontrar.
Não podemos taxar o profeta Elias de medroso, covarde por
causa desta fuga, seria muito injusto esse rótulo, mas podemos ver que este
momento provou a humanidade do profeta, nos fez perceber que ele era um homem
igual a nós, com as mesmas fragilidades emocionais dos homens comuns (Tg. 5. 17).
Sempre os encontros de Elias coma família de Cabe foi de momentos de juízos de
Deus, podemos e devemos reconhecer que Elias era o arauto de Deus para aquele
tempo.
3. ELIAS NO NOVO
TESTAMENTO
Elias se tornou pelos seus feitos uma figura notória e
respeitada na comunidade de Israel até os dias atuais, se tornou também um
símbolo do combate a infidelidade aos princípios de Deus, um apologista dos
tempos antigos. No novo testamento o último profeta da Lei, João Batista foi confundido
como a volta do profeta, por Elias não ter morrido, acreditava-se que João
Batista fosse sua reaparição (Jo. 1. 21), as comparações de João Batista com
Elias fez os espíritas afirmarem que João fosse a reencarnação do profeta do velho
testamento, que heresia!
Outro episódio que o profeta Elias aparece no Novo
Testamento é no evento da Transfiguração de Cristo(Mt. 17. 1-13), onde Moisés e
Elias aparecem como no monte, na presença de Pedro, Tiago e João, essa aparição
de Elias e Moisés representa o reino messiânico (segundo Moody), onde Moisés
representa os que já morreram ( os crentes que provaram a morte) e Elias
representa os que foram arrebatados e não provaram a morte.
Por fim, o apostolo Tiago faz uma comparação de Elias com
os crentes, quando nos aproxima deste homem de Deus, relatando que somos
semelhantes a ele, e por isso podemos agir com fé da mesma forma dele (Tg. 5.
17).
CONCLUSÃO
O profeta Elias
é exemplo de apologista em tempo difíceis, semelhantes aos nossos, Deus levantou
o profeta para falar em tempos de crise espiritual, conosco não pode ser
diferente, temos que ser arautos de Deus nos dias atuais, seja em atitudes,
comportamento e palavra. Não podemos ser omissos ao pecado, temos que gritar a
palavra para que os povos ouçam e acreditem no único Deus verdadeiro. Elias não
temeu, falou, profetizou, proclamou juízo, foi boca de Deus (arauto), soube
ouvir Deus, em tudo foi um exemplo para nós.
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