sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL


INTRODUÇÃO: É realmente impossível continuar falando sobre a trajetória de Elias em Israel nos dias que reinou o rei Acabe sem ler um livro fantástico publicado na década de 80 do século passado, “Por que tarda o pleno avivamento?” escrito por Leonard Ravenhill nos trás uma narração, na verdade, um clamor de despertamento dos Elias dos tempos atuais, homens e mulheres que tenham a coragem de desafiar os profetas de Baal dos dias atuais, que esteja na igreja ou fora dela, foi isto que Elias fez no Monte Carmelo.

1.      UM CONVITE OUSADO

Ousadia parecesse ser o sobrenome de Elias, todas as suas atitudes como profeta do Senhor estavam carregadas deste item. Em I Reis. 18. 19, o profeta faz um convite bem ousado a Acabe e Jezabel, Elias convidou os 850 profetas de Baal e Aserá para um desafio, sacrificar no Monte Carmelo. Segundo as crenças dos profetas de Baal, o Monte Carmelo era um lugar místico favorável a Baal, sua localização possibilitava ver tanto Israel como a Fenícia (Terra dos Baalins), Elias não escolheu o templo de Salomão, nem nenhum lugar que fazia alusão ao poder de Jeová, escolheu a casa dos falsos profetas para desmascará-los. Elias tirou os profetas da mesa de Jezabel, do conforto e levou para um campo de batalha espiritual, proporcionou uma experiência única em Israel, tirou a prova de quem realmente era Deus, se baal ou o Senhor.
Os profetas de baal e Aserá estavam em plena vantagem, tinham números (Eram 850 profetas), estavam em seu solo sagrado, tinha o poder político ao seu favor (Apoio de Acabe e Jesabel) e eram aplaudido pelo povo. Elias estava em desvantagem? Elias estava com o Senhor (Sl. 23. 4). Está com o Senhor já bastava, isso significa ter maioria.
A convocação que Elias faz a Acabe não foi apenas que convocasse os profetas, mas todo Israel (I Reis. 18. 20), dos que apostataram, agora iriam ver quem realmente era Deus.

2.      A DUALIDADE DE PENSAMENTO

Israel estava dividido, não sabia ao certo que lado ficava, se adorava a Deus ou a Baal. Elias convida o povo (não os profetas de Baal) a tomarem uma decisão, eles não podiam mais adorar a Deus e ao mesmo tempo prestar culto a Baal, o sincretismo religioso deveria ter um fim. Não se podia no mesmo altar sacrificar a Deus e a Baal. Deus sempre exigiu exclusividade (Ex. 20. 4,5). Em no Novo Testamento jesus no Sermão da Montanha condenava a dualidade de pensamento (Mt. 6. 24), Jesus foi bem direto “É impossível agradar a dois senhores”. A dualidade questionada por Elias pode e deve ser comparada com a hipocrisia, os hipócritas eram artistas de teatros greco-romano que se utilizava de máscaras para interpretar. O dualismo religioso é bem assim, alguns se utilizam de máscaras para camuflar suas reais intenções, isso é características de falsos profetas (Mt. 7. 15-18). No livro do profeta Isaías a o dualismo também é questionado (Is. 29. 13-14), o profeta Ezequiel também faz referência (Ez. 33. 31). Elias questionou: “Até quando coxeareis em dois pensamento? (I Reis. 18. 21). a falsa devoção do povo também era motivo de tropeço em Israel.

3.      O SACRIFÍCIO DE BAAL E O DE ELIAS

Alguns pontos em especial deve ser notados no sacrifício dos profetas de Baal e o de Elias:

1.      Elias afirma ser o único profeta em israel: Numa forma de Elias demonstrar a falsa vantagem dos profetas de Baal e Aserá, ele afirma ser o único profeta de Deus em Israel, ora, não seria isto uma mentira? Quando em I Reis. 18. 22 Elias afirma ser o único, não estava pecando? Lógico que Elias sabia que não tinham apenas ele, Obadias tinha escondido 100 profetas, mas Elias foi o único que se prontificou a denunciar o pecado de Israel, enquanto os 100 estavam escondido, Elias estava procurando Acabe para denunciar o pecado.
2.      Tragam dois novilhos:  Não se poderia utilizar o mesmo sacrifício para Deus e para Baal, o dualismo tinha que acabar. Elias avisava com este pedido que o seu sacrifício seria diferente, precisaria de um altar diferente para uma resposta diferente.
3.      O fogo: Todos sacrifício precisa  ser culminado com fogo, mas a proposta de Elias o fogo não poderia ser humano, ou seja, uma reação química, mas uma ação divina, um milagre! Segundo a tradição fenícia Baal era o deus do fogo, Elias sabendo disto queria provar que o fogo produzido por Baal não passava de uma reação química, e apenas Deus poderia mandar fogo do céu. Esta proposta pareceu boa para o povo (I Reis. 18. 24).
4.      O sacrifício a Baal: sacrifício a Baal foi sem resposta (I Reis. 18. 26b), por certo os profetas clamaram desde o amanhecer até o meio-dia, e não obtiveram resposta, todos os rituais foram efetuados, eles dançaram, gritaram, tudo foi feito, mas Baal não respondeu (v. 26). Segundo o texto sagrado, Elias passou a zombar deles, a princípio parece puro sarcasmo, mas não foi, acredito que esse zombar de Elias está carregado de sentimento de Deus, pois isto é o que Deus faz com os ímpio (Sl. 2.4). O zombar de Elias foi carregado de afirmações que negava a existência da da divindade de Baal, como: Está ocupado, viajando ou dormindo (v. 27). Ora nenhum Deus faz estas coisas, em síntese, Elias estava afirmando: Baal não é Deus!
5.      sacrifício de Elias: O altar do Senhor estava em ruínas (v. 30b), e Elias iniciou reparando o altar, não se podia sacrificar com altar quebrado. O segundo passo foi pegar doze pedras que simbolizava a vontade de Deus de ver Israel mais uma vez unido numa única nação (v. 31), o terceiro passo deixou o povo intrigado: Por que cavar uma valar? Elias queria mostrar que para Deus não há nada difícil  Elias molhou o sacrifício, isso dificultava qualquer ação humana em acender o fogo (vv. 32,33). Elias após todos os obstáculos imposto por ele para a não produção do fogo humano ora ao Senhor, e em sua oração ele deixa claro que não era para a glória do profeta, mas de Deus (v. 37). O Texto bíblico registra que imediatamente caiu fogo do céu e consumiu o holocausto!

4.      O FIM DAS VELHAS INSTITUIÇÕES

Após o grande milagre de cair fogo do céu, o povo prontamente gritaram que só o Senhor era Deus (I Reis. 18. 39), a ação de Deus removeu toda a apostasia que existia em Israel, levou o povo ao arrependimento. Não restava agora outra coisa se não exterminar o mal pela raiz, não se podia manter a comunhão com Deus sustentando as velhas instituições (II Co. 5. 17), por isso, Elias ordenou a morte de todos os profetas de Baal e Aserá (v. 40). A ação aparentemente radical de Elias em condenar a morte os profetas de Baal, fazia cumprir o mandamento do Senhor (Ex. 22. 20), matar os profetas de Baal não foi fruto da ira de Elias, mas de Deus, pois a Lei condenava a morte todos os idólatras (Dt. 17.2-5).

CONCLUSÃO

O sacrifício no Monte Carmelo provou quem realmente era Deus em Israel, a divindade de Deus fora mostrada de forma pública, o temor voltou a acender  nos corações do israelitas, mas a ira de uma mulher se acendia, após este fato Elias irá provar os momento mais duro de sua existência, a perseguição de Jezabel.

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