INTRODUÇÃO: É
realmente impossível continuar falando sobre a trajetória de Elias em Israel
nos dias que reinou o rei Acabe sem ler um livro fantástico publicado na década
de 80 do século passado, “Por que tarda o pleno avivamento?” escrito por
Leonard Ravenhill nos trás uma narração, na verdade, um clamor de despertamento
dos Elias dos tempos atuais, homens e mulheres que tenham a coragem de desafiar
os profetas de Baal dos dias atuais, que esteja na igreja ou fora dela, foi
isto que Elias fez no Monte Carmelo.
1.
UM CONVITE OUSADO
Ousadia parecesse
ser o sobrenome de Elias, todas as suas atitudes como profeta do Senhor estavam
carregadas deste item. Em I Reis. 18. 19, o profeta faz um convite bem ousado a
Acabe e Jezabel, Elias convidou os 850 profetas de Baal e Aserá para um
desafio, sacrificar no Monte Carmelo. Segundo as crenças dos profetas de Baal,
o Monte Carmelo era um lugar místico favorável a Baal, sua localização
possibilitava ver tanto Israel como a Fenícia (Terra dos Baalins), Elias não
escolheu o templo de Salomão, nem nenhum lugar que fazia alusão ao poder de
Jeová, escolheu a casa dos falsos profetas para desmascará-los. Elias tirou os
profetas da mesa de Jezabel, do conforto e levou para um campo de batalha
espiritual, proporcionou uma experiência única em Israel, tirou a prova de quem
realmente era Deus, se baal ou o Senhor.
Os profetas de
baal e Aserá estavam em plena vantagem, tinham números (Eram 850 profetas),
estavam em seu solo sagrado, tinha o poder político ao seu favor (Apoio de
Acabe e Jesabel) e eram aplaudido pelo povo. Elias estava em desvantagem? Elias
estava com o Senhor (Sl. 23. 4). Está com o Senhor já bastava, isso significa
ter maioria.
A convocação que
Elias faz a Acabe não foi apenas que convocasse os profetas, mas todo Israel (I
Reis. 18. 20), dos que apostataram, agora iriam ver quem realmente era Deus.
2.
A DUALIDADE DE PENSAMENTO
Israel estava
dividido, não sabia ao certo que lado ficava, se adorava a Deus ou a Baal.
Elias convida o povo (não os profetas de Baal) a tomarem uma decisão, eles não
podiam mais adorar a Deus e ao mesmo tempo prestar culto a Baal, o sincretismo religioso deveria ter um fim. Não se podia no mesmo altar sacrificar a Deus e a
Baal. Deus sempre exigiu exclusividade (Ex. 20. 4,5). Em no Novo Testamento
jesus no Sermão da Montanha condenava a dualidade de pensamento (Mt. 6. 24),
Jesus foi bem direto “É impossível agradar a dois senhores”. A dualidade
questionada por Elias pode e deve ser comparada com a hipocrisia, os hipócritas eram artistas de teatros greco-romano que se utilizava de máscaras para
interpretar. O dualismo religioso é bem assim, alguns se utilizam de máscaras
para camuflar suas reais intenções, isso é características de falsos profetas
(Mt. 7. 15-18). No livro do profeta Isaías a o dualismo também é questionado
(Is. 29. 13-14), o profeta Ezequiel também faz referência (Ez. 33. 31). Elias
questionou: “Até quando coxeareis em dois pensamento? (I Reis. 18. 21). a falsa
devoção do povo também era motivo de tropeço em Israel.
3.
O SACRIFÍCIO DE BAAL E O DE ELIAS
Alguns pontos em
especial deve ser notados no sacrifício dos profetas de Baal e o de Elias:
1.
Elias afirma ser o único profeta em
israel: Numa forma de Elias demonstrar a falsa vantagem dos profetas de
Baal e Aserá, ele afirma ser o único profeta de Deus em Israel, ora, não seria
isto uma mentira? Quando em I Reis. 18. 22 Elias afirma ser o único, não estava
pecando? Lógico que Elias sabia que não tinham apenas ele, Obadias tinha
escondido 100 profetas, mas Elias foi o único que se prontificou a denunciar o
pecado de Israel, enquanto os 100 estavam escondido, Elias estava procurando
Acabe para denunciar o pecado.
2.
Tragam dois novilhos: Não se poderia utilizar o mesmo sacrifício
para Deus e para Baal, o dualismo tinha que acabar. Elias avisava com este
pedido que o seu sacrifício seria diferente, precisaria de um altar diferente
para uma resposta diferente.
3.
O fogo: Todos sacrifício precisa ser culminado com fogo, mas a proposta de
Elias o fogo não poderia ser humano, ou seja, uma reação química, mas uma ação
divina, um milagre! Segundo a tradição fenícia Baal era o deus do fogo, Elias
sabendo disto queria provar que o fogo produzido por Baal não passava de uma
reação química, e apenas Deus poderia mandar fogo do céu. Esta proposta pareceu
boa para o povo (I Reis. 18. 24).
4.
O sacrifício a Baal: O sacrifício a
Baal foi sem resposta (I Reis. 18. 26b), por certo os profetas clamaram desde o
amanhecer até o meio-dia, e não obtiveram resposta, todos os rituais foram
efetuados, eles dançaram, gritaram, tudo foi feito, mas Baal não respondeu (v.
26). Segundo o texto sagrado, Elias passou a zombar deles, a princípio parece
puro sarcasmo, mas não foi, acredito que esse zombar de Elias está carregado de
sentimento de Deus, pois isto é o que Deus faz com os ímpio (Sl. 2.4). O zombar
de Elias foi carregado de afirmações que negava a existência da da divindade de
Baal, como: Está ocupado, viajando ou dormindo (v. 27). Ora nenhum Deus faz
estas coisas, em síntese, Elias estava afirmando: Baal não é Deus!
5.
O sacrifício de Elias: O altar do
Senhor estava em ruínas (v. 30b), e Elias iniciou reparando o altar, não se
podia sacrificar com altar quebrado. O segundo passo foi pegar doze pedras que
simbolizava a vontade de Deus de ver Israel mais uma vez unido numa única nação
(v. 31), o terceiro passo deixou o povo intrigado: Por que cavar uma valar?
Elias queria mostrar que para Deus não há nada difícil Elias molhou o
sacrifício, isso dificultava qualquer ação humana em acender o fogo (vv.
32,33). Elias após todos os obstáculos imposto por ele para a não produção do
fogo humano ora ao Senhor, e em sua oração ele deixa claro que não era para a
glória do profeta, mas de Deus (v. 37). O Texto bíblico registra que
imediatamente caiu fogo do céu e consumiu o holocausto!
4. O FIM DAS VELHAS
INSTITUIÇÕES
Após o grande milagre de cair fogo do céu, o povo
prontamente gritaram que só o Senhor era Deus (I Reis. 18. 39), a ação de Deus
removeu toda a apostasia que existia em Israel, levou o povo ao arrependimento.
Não restava agora outra coisa se não exterminar o mal pela raiz, não se podia
manter a comunhão com Deus sustentando as velhas instituições (II Co. 5. 17),
por isso, Elias ordenou a morte de todos os profetas de Baal e Aserá (v. 40). A
ação aparentemente radical de Elias em condenar a morte os profetas de Baal,
fazia cumprir o mandamento do Senhor (Ex. 22. 20), matar os profetas de Baal
não foi fruto da ira de Elias, mas de Deus, pois a Lei condenava a morte todos
os idólatras (Dt. 17.2-5).
CONCLUSÃO
O sacrifício no
Monte Carmelo provou quem realmente era Deus em Israel, a divindade de Deus
fora mostrada de forma pública, o temor voltou a acender nos corações do israelitas, mas a ira de uma
mulher se acendia, após este fato Elias irá provar os momento mais duro de sua
existência, a perseguição de Jezabel.
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