sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL


INTRODUÇÃO: É realmente impossível continuar falando sobre a trajetória de Elias em Israel nos dias que reinou o rei Acabe sem ler um livro fantástico publicado na década de 80 do século passado, “Por que tarda o pleno avivamento?” escrito por Leonard Ravenhill nos trás uma narração, na verdade, um clamor de despertamento dos Elias dos tempos atuais, homens e mulheres que tenham a coragem de desafiar os profetas de Baal dos dias atuais, que esteja na igreja ou fora dela, foi isto que Elias fez no Monte Carmelo.

1.      UM CONVITE OUSADO

Ousadia parecesse ser o sobrenome de Elias, todas as suas atitudes como profeta do Senhor estavam carregadas deste item. Em I Reis. 18. 19, o profeta faz um convite bem ousado a Acabe e Jezabel, Elias convidou os 850 profetas de Baal e Aserá para um desafio, sacrificar no Monte Carmelo. Segundo as crenças dos profetas de Baal, o Monte Carmelo era um lugar místico favorável a Baal, sua localização possibilitava ver tanto Israel como a Fenícia (Terra dos Baalins), Elias não escolheu o templo de Salomão, nem nenhum lugar que fazia alusão ao poder de Jeová, escolheu a casa dos falsos profetas para desmascará-los. Elias tirou os profetas da mesa de Jezabel, do conforto e levou para um campo de batalha espiritual, proporcionou uma experiência única em Israel, tirou a prova de quem realmente era Deus, se baal ou o Senhor.
Os profetas de baal e Aserá estavam em plena vantagem, tinham números (Eram 850 profetas), estavam em seu solo sagrado, tinha o poder político ao seu favor (Apoio de Acabe e Jesabel) e eram aplaudido pelo povo. Elias estava em desvantagem? Elias estava com o Senhor (Sl. 23. 4). Está com o Senhor já bastava, isso significa ter maioria.
A convocação que Elias faz a Acabe não foi apenas que convocasse os profetas, mas todo Israel (I Reis. 18. 20), dos que apostataram, agora iriam ver quem realmente era Deus.

2.      A DUALIDADE DE PENSAMENTO

Israel estava dividido, não sabia ao certo que lado ficava, se adorava a Deus ou a Baal. Elias convida o povo (não os profetas de Baal) a tomarem uma decisão, eles não podiam mais adorar a Deus e ao mesmo tempo prestar culto a Baal, o sincretismo religioso deveria ter um fim. Não se podia no mesmo altar sacrificar a Deus e a Baal. Deus sempre exigiu exclusividade (Ex. 20. 4,5). Em no Novo Testamento jesus no Sermão da Montanha condenava a dualidade de pensamento (Mt. 6. 24), Jesus foi bem direto “É impossível agradar a dois senhores”. A dualidade questionada por Elias pode e deve ser comparada com a hipocrisia, os hipócritas eram artistas de teatros greco-romano que se utilizava de máscaras para interpretar. O dualismo religioso é bem assim, alguns se utilizam de máscaras para camuflar suas reais intenções, isso é características de falsos profetas (Mt. 7. 15-18). No livro do profeta Isaías a o dualismo também é questionado (Is. 29. 13-14), o profeta Ezequiel também faz referência (Ez. 33. 31). Elias questionou: “Até quando coxeareis em dois pensamento? (I Reis. 18. 21). a falsa devoção do povo também era motivo de tropeço em Israel.

3.      O SACRIFÍCIO DE BAAL E O DE ELIAS

Alguns pontos em especial deve ser notados no sacrifício dos profetas de Baal e o de Elias:

1.      Elias afirma ser o único profeta em israel: Numa forma de Elias demonstrar a falsa vantagem dos profetas de Baal e Aserá, ele afirma ser o único profeta de Deus em Israel, ora, não seria isto uma mentira? Quando em I Reis. 18. 22 Elias afirma ser o único, não estava pecando? Lógico que Elias sabia que não tinham apenas ele, Obadias tinha escondido 100 profetas, mas Elias foi o único que se prontificou a denunciar o pecado de Israel, enquanto os 100 estavam escondido, Elias estava procurando Acabe para denunciar o pecado.
2.      Tragam dois novilhos:  Não se poderia utilizar o mesmo sacrifício para Deus e para Baal, o dualismo tinha que acabar. Elias avisava com este pedido que o seu sacrifício seria diferente, precisaria de um altar diferente para uma resposta diferente.
3.      O fogo: Todos sacrifício precisa  ser culminado com fogo, mas a proposta de Elias o fogo não poderia ser humano, ou seja, uma reação química, mas uma ação divina, um milagre! Segundo a tradição fenícia Baal era o deus do fogo, Elias sabendo disto queria provar que o fogo produzido por Baal não passava de uma reação química, e apenas Deus poderia mandar fogo do céu. Esta proposta pareceu boa para o povo (I Reis. 18. 24).
4.      O sacrifício a Baal: sacrifício a Baal foi sem resposta (I Reis. 18. 26b), por certo os profetas clamaram desde o amanhecer até o meio-dia, e não obtiveram resposta, todos os rituais foram efetuados, eles dançaram, gritaram, tudo foi feito, mas Baal não respondeu (v. 26). Segundo o texto sagrado, Elias passou a zombar deles, a princípio parece puro sarcasmo, mas não foi, acredito que esse zombar de Elias está carregado de sentimento de Deus, pois isto é o que Deus faz com os ímpio (Sl. 2.4). O zombar de Elias foi carregado de afirmações que negava a existência da da divindade de Baal, como: Está ocupado, viajando ou dormindo (v. 27). Ora nenhum Deus faz estas coisas, em síntese, Elias estava afirmando: Baal não é Deus!
5.      sacrifício de Elias: O altar do Senhor estava em ruínas (v. 30b), e Elias iniciou reparando o altar, não se podia sacrificar com altar quebrado. O segundo passo foi pegar doze pedras que simbolizava a vontade de Deus de ver Israel mais uma vez unido numa única nação (v. 31), o terceiro passo deixou o povo intrigado: Por que cavar uma valar? Elias queria mostrar que para Deus não há nada difícil  Elias molhou o sacrifício, isso dificultava qualquer ação humana em acender o fogo (vv. 32,33). Elias após todos os obstáculos imposto por ele para a não produção do fogo humano ora ao Senhor, e em sua oração ele deixa claro que não era para a glória do profeta, mas de Deus (v. 37). O Texto bíblico registra que imediatamente caiu fogo do céu e consumiu o holocausto!

4.      O FIM DAS VELHAS INSTITUIÇÕES

Após o grande milagre de cair fogo do céu, o povo prontamente gritaram que só o Senhor era Deus (I Reis. 18. 39), a ação de Deus removeu toda a apostasia que existia em Israel, levou o povo ao arrependimento. Não restava agora outra coisa se não exterminar o mal pela raiz, não se podia manter a comunhão com Deus sustentando as velhas instituições (II Co. 5. 17), por isso, Elias ordenou a morte de todos os profetas de Baal e Aserá (v. 40). A ação aparentemente radical de Elias em condenar a morte os profetas de Baal, fazia cumprir o mandamento do Senhor (Ex. 22. 20), matar os profetas de Baal não foi fruto da ira de Elias, mas de Deus, pois a Lei condenava a morte todos os idólatras (Dt. 17.2-5).

CONCLUSÃO

O sacrifício no Monte Carmelo provou quem realmente era Deus em Israel, a divindade de Deus fora mostrada de forma pública, o temor voltou a acender  nos corações do israelitas, mas a ira de uma mulher se acendia, após este fato Elias irá provar os momento mais duro de sua existência, a perseguição de Jezabel.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A LONGA SECA EM ISRAEL

INTRODUÇÃO: Elias realmente era um homem de Deus, um profeta do altissímo, os fatos preditos por ele aconteceu (I Reis. 17.1), a londa seca veio sobre Israel, já não bastava a crise moral, a idolatria, os desviu doutrinário, a apostasia, agora a seca assolava Israel, mas diferente dos outros fatos citados anteriormente, a seca foi uma ação de Deus, ele foi enviada como objetivo de mostrar quem realente era Deus em Israel, Jeová ou Baal, quem realmente era o Deus do fogo, da fertilidade e da chuva.

  1. POR QUE A SECA EM ISRAEL?

Os sidônios acreditava que Baal seria o Deus da fertilidade, do fogo e da chuva. Quando Jezabel oficializa o culto a esta dividade fenícia em solo israelita, ela estava afirmando que o Deus que tirou o povo do Egito não mandava mais na metereologia de Israel, que os campos não ficavam verdes por sua provisão, que a chuva não caia sobre a terra por sua permissão, mas pelo contrário, tudo acontecia por obra unicamente de Baal. Não sabia Jezabel e os outros apostatas que Deus é o Senhor da chuva e da fertilidade (At. 14. 17), as estações do ano, os climas foi criado por Ele (Gn. 8. 22). Ora se Baal era o deus da chuva por quê não Deus parar a chuva? Foi a melhor ação de Deus para o momento.
A seca em Israel tinha um único objetivo mostrar quem era soberano, quem comoandava o clima, quem realmente existia, se Deus ou Baal.
A terra que resolveu recorrer ao falso deus da fertilidade agora estava gravemente afetada pela fome e seca (I Reis. 18 2) a situação em samaria era deploravel, a fome estava chegando no limite máximo, eram três anos sem nenhum tipo de umidade, sem chuva e nem orvalho, não tinha mais vegetação para os animais pastar ( I Reis. 18. 5), tudo que poderia servir de alimento não existia mais, Flávio Josefo chama esta época de “extrema seca”, a comida realmente estava acabando no palácio real! Onde estva o deus (Baal) da fertilidade?
O controle climático das terras de Israel provava que Baal não era Deus, mas que unicamente o Senhor Jeová é Deus!

  1. OBADIAS, O PROVEDOR DE DEUS NOS DIAS DE SECA

O texto sagrado reserva poucos versículos para o mordomo de Acabe que se chamava Obadias, apesar deste não ser profeta nem nenhum homem com com grandes prestígios em Israel, Deus se utilizou deste para ser o provedor ofetas que não tinham se curvado a Baal (I Reis. 18. 13). segundo Flávo Josefo Obadias era o responsável por cuidar dos cavalos de Acabe, e se utilizou das possibilidades que tinha e alimentou cem profetas em tempo de crise em Israel.
Obadias tinha um bom conhecimento de quem era Elias, conhecia sua fama, os seus traços e suas peculiaridades. O seu diálogo com o profeta nos permite descobrir algumas características deste homem e do seu conhecimento de Deus, primeiro podemos ver que apesar de está inserido no centro de corrupção e apostasia não se rendeu a Baal, e continuou fiel a Deus (I Reis. 18. 7), no mesmo texto podemos notar que sabia respeitar as autoridades impostas por Deus – ele se inclinou nos pés de Elias, isso não significa que estava prestando adoração ao profetas, mas reconhecendo o Deus do profeta; segundo, Obadias sabia da fama do profetas de desaparecer, ou seja, pela que podemos ver no texto o Espírito de Deus por várias vezes já tinha feito o profetas desaparecer (I Reis. 18. 12); terceiro, o mordomo sabia da lei de retribuição, ele correu o risco de morrer em alimentar os cem profetas, pois sabia que Deus um dia supriria suas necessidades (I Reis. 18. 13). Deus manteve este homem integro (I Reis. 18. 12b) numa corte corrupta para servir de benção para quem se manteve fiel a Deus.

  1. A SECA LEVOU O POVO A DEUS?

Diferente do que muito se espera ao ler esse texto sagrado, a seca por certo deveria levar o povo a Deus, mas não foi isto que aconteceu, não há nenhum registro que afirme que o povo temeu ao Senhor e voltou a buscar a sua face. Assim como a seca tinha tornado o solo improdutivo, o coração dos israelita daquela época tinham se tornado ressequidos pela apostasia, o pov ainda cojitava entre dois pensamento (I Reis. 18. 21). A seca não levou ao arrempendimento. O povo de Israel não lembrava mais de Deus, havia completamente esquecido Ele, não se falava masdos grandes feitos no deserto, nem tão pouco das palavras ainda sábias de Salomão (II Cr. 7.14). Se a seca não levou o povo a Deus, a que levou?
Como já afirmara ela teve como objetivo mostrar quem realmente era Deus em Israel, quem comandava o clima e tudo o que há no mundo, ela serviu para mostrar a soberania de Deus. Foi Deus quem determinou a seca (I Reis. 17. 1), e foi Deus quem determinou o fim dela (I Reis. 18. 42-45).

  1. QUEM NÃO APOSTATOU PASSOU PELA SECA?

A seca não foi plena, ou seja, aqueles que não apostataram sua fé Deus não deixou que o juizo pousassem sobre eles, o juízo de Deus em forma de seca por três anos em Israel tinha endereço certo, não foi aleatório, não foi um simples acidente clímático, mas um juízo de Deus.
Deus livrou da seca o profeta Elias: Após a pronúncia de juízo pelo profeta Elias Deus orientou ele a sair da região afetada (I Reis. 17. 3), e proveu o necessário para sua alimentação (I Reis. 17. 4).
Deus livrou da seca a Viúva de Serepta: Esta mulher por certo era temete a Deus, se não fosse Deus não havia enviado o profeta para sua casa (I Reis. 17. 8), por isso Deus sustentou de forma milagrosa esta mulher e seu filho nos duros momentos de fome em Israel (I Reis. 17. 14).
Deus livrou da seca os profetas que não se curvaram a Baal: O temente mordomo Obadias guardou cem profetas do Senhor e sustentou estes homens nos durou momento de seca (I Reis. 18. 13). e de forma milagrosa Deus também sustentou mais de sete mil homens e mulheres (a Bíblia não especifica que eram profetas) que não se curvaram a Baal, assim como ele fez com Elias (I Reis. 19. 18)

CONCLUSÃO

A seca em Israel mostrou que somente Deus é Deus, fez o povo lembrar a sua soberania, mostrou que só há um que tem o controle do clíma, das estações do ano, do vento e do fogo, esse é Deus, mas algo trágico acontece, o povo não guardou esta lembrança, este juízo durou pouco na memória dos israelitas, isso podemos perceber quando continuamos a ler os textos do livro de Reis e Crônicas, percebemos que a memória do juízo logo se foi. Esperamos em Deus que isto não aconteça com a geração dos dias atuais.  

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ELIAS, O TISBITA



INTRODUÇÃO: O profeta Elias surge em Israel como um grande clarão em meio as trevas, no estudo passado pode perceber que Israel (reino norte) estava preso a idolatria introduzida por um rei manipulado por sua mulher idólatra, a adoração de Baal e Aserá tinham se tornado algo comum na religiosidade israelita, mas o Deus do Elias não permitiria o povo coxiar entre dois pensamento, e buscou em Tisbe um homem com a coragem para proclamar o juízo de Deus para aqueles dias. Surge o profeta Elias.

1.      ORIGEM, CHAMADO E VOCAÇÃO DO PROFETA

De acordo com o texto de I Reis. 17.1, o profeta Elias era originário de Tisbi, segundo a arqueologia tradicional essa região fica a 8 quilômetro ao norte do Rio Jaboque, nas terras de gileade. Tisbe só é citada uma única vez em toda a Bíblia Sagrada, mas o texto apócrifo de Tobias faz referência a esse lugarejo colocando em outra região da palestina, mas precisamente nas regiões de Naftali. (Tb. 1.2). Não há necessidade de precisarmos se Tisbi é em Gileade ou Naftali, mas temos uma certeza, Elias não aparece a profetizar em Israel do nada, por certo já era uma figura respeitada e conhecida entre os israelita dos dias de Acabe.
Como era costume no Oriente Próximo os nomes sempre estavam relacionado com a personalidade do portador, o nome Elias é a junção de duas pronúncias hebraícas El e Yah,que significa Jeová é Deus. O nome já justifica a sua missão, Deus levanta o profeta Elias em tempo de apostasia espiritual em Israel, onde Deus tinha deixado de ser adorado para dá lugar ao culto de Baal para afirmar que só existe um Deus, o Deus vivo (Yahwe).
Mas afinal, quem era Elias? O Livro de I Reis relata algumas características do profeta, vejam quais são:
  • Era um homem de autoridade (I Reis. 17. 1)
  • Obedecia a voz de Deus (I Reis. 17. 5)
  • Era apregoador da justiça de Deus (I Reis. 18. 16-18)
  • Era um amante da oração, enquanto Acabe come Elias orava I Reis. 18. 42)
  • O poder de Deus lhe deu vigor físico (I Reis. 18. 46)
  • Elias era homem igual a nós (Tg. 5. 17,18)

2.      O RELACIONAMENTO DE ELIAS COM ACABE

Como já podemos ver na lição passada (A Apostasia no Reino de Israel), A nação escolhida por Deus estava em completo caos espiritual, a nação padecia sem o amparo de uma pai (Deus), sob o reinado de Acabe, a casa de Israel começa a ter um relacionamento com outros deuses, praticando assim uma espécie de adultério espiritual com os baalins. Elias surge neste cenário sempre mantendo duros encontros com Acabe e a corte de Israel. Em um dos encontros de Elias com Acabe, o profeta é responsabilizado pela situação de caos climático que a nação se encontrava (I Reis. 18. 17), quando o profeta é acusado de causar problema em Israel, o que Moody chama de infantilidade de Acabe, o profeta logo faz o rei lembrar que a causa de todos os males em Israel é fruto do pecado de Acabe e de sua família (v. 18). Enquanto Cabe e sua família desconhecia os princípios de Deus, o profeta representava a voz de juízo para aqueles dias.
No momento que Deus resolve trazer mais uma vez a chuva e acabar com a seca em Israel, o profeta trava mais um breve dialogo com o Reis, ele o orienta a comer e beber e esperasse a chuva, já Elias foi orara ao senhor (I Reis. 18. 42).
Após todos os grandes feitos do Carmelo, com a queda de fogo do céu, a morte dos profeta de Baal e Aserá o profeta teve que fugir, pois a mulher de Acabe ameaça Elias de morte (I Reis. 19. 2), a ameaça de Jezabel fez o profeta temer e fugir, segundo o comentário Moody, a fuga de Elias foi a princípio para o reino de Josafá (Judá), um reino que seguia os preceitos divinos, mas não se deu ao luxo de ficar na cidade, ele deixou o seu servo em Berseba (I Reis. 19. 3) e partiu para o deserto impossibilitando assim dos espiões de Jesabel lhe encontrar.
Não podemos taxar o profeta Elias de medroso, covarde por causa desta fuga, seria muito injusto esse rótulo, mas podemos ver que este momento provou a humanidade do profeta, nos fez perceber que ele era um homem igual a nós, com as mesmas fragilidades emocionais dos homens comuns (Tg. 5. 17).
Sempre os encontros de Elias coma  família de Cabe foi de momentos de juízos de Deus, podemos e devemos reconhecer que Elias era o arauto de Deus para aquele tempo.
   
3.      ELIAS NO NOVO TESTAMENTO

Elias se tornou pelos seus feitos uma figura notória e respeitada na comunidade de Israel até os dias atuais, se tornou também um símbolo do combate a infidelidade aos princípios de Deus, um apologista dos tempos antigos. No novo testamento o último profeta da Lei, João Batista foi confundido como a volta do profeta, por Elias não ter morrido, acreditava-se que João Batista fosse sua reaparição (Jo. 1. 21), as comparações de João Batista com Elias fez os espíritas afirmarem que João fosse a reencarnação do profeta do velho testamento, que heresia!  
Outro episódio que o profeta Elias aparece no Novo Testamento é no evento da Transfiguração de Cristo(Mt. 17. 1-13), onde Moisés e Elias aparecem como no monte, na presença de Pedro, Tiago e João, essa aparição de Elias e Moisés representa o reino messiânico (segundo Moody), onde Moisés representa os que já morreram ( os crentes que provaram a morte) e Elias representa os que foram arrebatados e não provaram a morte.
Por fim, o apostolo Tiago faz uma comparação de Elias com os crentes, quando nos aproxima deste homem de Deus, relatando que somos semelhantes a ele, e por isso podemos agir com fé da mesma forma dele (Tg. 5. 17).

CONCLUSÃO

O profeta Elias é exemplo de apologista em tempo difíceis, semelhantes aos nossos, Deus levantou o profeta para falar em tempos de crise espiritual, conosco não pode ser diferente, temos que ser arautos de Deus nos dias atuais, seja em atitudes, comportamento e palavra. Não podemos ser omissos ao pecado, temos que gritar a palavra para que os povos ouçam e acreditem no único Deus verdadeiro. Elias não temeu, falou, profetizou, proclamou juízo, foi boca de Deus (arauto), soube ouvir Deus, em tudo foi um exemplo para nós.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A APOSTASIA NO REINO DE ISRAEL



INTRODUÇÃO: Israel após a divisão que resultou na criação dos reinos no norte e do sul entra num caos espiritual, enquanto Judá provava momentos bons com o reinado de Asa, Israel provava duros momentos de apostasia com o reinado da dinastia de Onri, sob o reinado de Acabe. Acabe segundo Flávio Josefo foi o mais devastador e apostata entre os reis de Israel, promoveu diversos sacrilégio, instituiu adoração a falsos deuses e continuou a adorar os outros deuses já introduzido na sociedade israelita.

1.      CONTEXTO HISTÓRICO

Para compreendermos a situação que Israel se encontrava é necessário uma viagem aos tempos de Salomão, momento este que se inicia a apostasia em Israel, por razões de comércio e para manter a paz política com os reinos visinhos, Salomão casou com várias mulheres, e estas foram os primeiros agentes de introdução da idolatria em Israel (I Rs. 11. 1-13). Como forma de sentenciar a Salomão Deus permitiu que o reino fosse dividido, fato que já havia sido proferido por Deus que aconteceria (I Rs. 11. 11), após a morte de Salomão seu filho Roboão começa a governar, mas por razões de sublevações regionais, o grande reino de Israel é dividido em Reino do Norte e Reino do Sul. O novo governante de Israel o Jovem Roboão, filho de Naamã, a moabita, não tinha a sabedoria do pai, e de imediato confrontou o povo, aumentando a carga tributária, o que ocasionou com a cisma de Israel.
O governo de Jeroboão (Reino de Israel) foi marcado por plena idolatria, a construção do bezerro de ouro em Betel e outro em Dã, tomaram o lugar de Deus, substituindo a adoração a Jeová em Jerusalém, no templo do Senhor (I Rs. 12. 25-33). Após o fim da dinastia de Jeroboão I, começa a dinastia de Baasa que continua com as práticas idolatras (I Rs. 15. 33,34), já no fim da dinastia de Baasa o reino de Israel se dividiu em duas facções, uma a favor de Tibni e outra apoiava Onri (I Rs. 16. 21), Onri após o assassinato de Tibni (como registra Flávio Josefo) começou a reinar em Israel, o escritor dos Livro dos Reis registra que Onri foi o mais impiedoso de todos os reis que lhe antecederam (I Rs. 16. 25), foi Onri com suas alianças políticas que introduz em Israel o culto a baal (Deus dos fenícios), com sua morte seu filho Acabe começa a reinar.
Acabe visando à manutenção da paz em Israel e a prosperidade econômica que firma uma aliança política-matrimonial com os povos tassalocratas, os Fenícios, os maiores comerciantes e navegadores do mundo antigo, o seu casamento com a jovem Jesabel, filha do rei da cidade-estado de Sidom, representou o auge da idolatria em Israel, neste momento por certo foi instituída a prática da idolatria em especial a Baal e Asera. No governo de Acabe Israel conhece a institucionalização do culto de Baal com a construção de um templo em Samaria (capital do reino de Israel).

2.      APOSTASIA DE ISRAEL

Apostasia de Israel significou a ruptura drástica do relacionamento com Deus, o termo grego usado no Novo Testamento para apostasia é aphistêmi que significa separar, abandonar, este mesmo termo é utilizado para fazer menção ao divorcio, se configurando assim que Israel com a institucionalização do culto a Baal traiu o matrimônio espiritual que tinha com Deus. Vários profetas fizeram menção à apostasia de Israel, mas alguns textos do profeta Jeremias fazem entender o que a apostasia significa para Deus (sabendo que Jeremias foi profeta em Judá e não em Israel e não está alocado nos tempos de Acabe), neste texto a apostasia significa uma ruptura matrimonial com Deus (Ver: Jeremias. 2. 1-5).
Um dos principais agentes da apostasia em Israel foram às mulheres de outras terras, sua prática idólatra individuais tronaram-se plurais, contaminaram a pureza e santidade de Israel, estes relacionamentos mistos introduziram em Israel o sincretismo religioso, que consiste numa mistura de práticas religiosas. O próprio Salomão já advertiu em Provérbios sobre as mulheres más (Pv. 2. 16-22).
Nos dias de Acabe, rei da dinastia de Onri, uma mulher surge como agente da apostasia o seu nome é Jesabel, ela era filha do rei de Sidom e sacerdotisa de Asera, suas atitudes foram devastadora em Israel, por sua causa o culto a Jeová fora quase abolido, senão por causa de agentes (homens de Deus) que souberam preservar os antigos princípios.

3.      PECADOS DE ACABE

O texto de 1 Reis. 16. 29-34 refere-se a pelo menos três pecados de Acabe, deixando perceber que está época foi uma completa apostasia espiritual em Israel.
1ª Pecado: [...] Passou a prestar culto a Baal e Adorá-lo. (I Reis. 16. 31). Nunca Deus permitiu que outros deuses tomassem o seu lugar na adoração (Ex. 20. 3-5), no decálogo essa atitude é repugnada, adorar a outro deus é adultério espiritual, pois temos um matrimonio espiritual, o maior símbolo desta relação com Deus é contextualizada no livro de Oseías, onde sua vida fora uma mensagem para Israel.
2ª Pecado: Fez também poste sagrados. (I Reis. 16. 33). Esse texto nos faz acreditar que Acabe construiu vários ídolos em forma de poste, como é mais propagado, mas o texto hebraico utiliza o termo asherim que é traduzido por Aseras, deusa que Jesabel era sacerdotisa, o que nos faz pensar que a construção destes monumentos foi sobre pura influência de sua mulher, e em homenagem a ela. Mais um mal trazido por Jesabel.
3º Pecado: Durante seu reinado, Hiel, de Betel, reconstruiu Jericó (I Reis. 16. 34). As ruínas de Jericó representavam à lembrança da ação e poder de Deus sobre um povo idólatra, era um marco de lembrança do poder de Deus, reconstruir os seus velhos muros significava revogar uma lei de Deus, se sobrepujar os seus mandamentos (Js. 6. 26). Por certo a sua reconstrução fora patrocinada pela riqueza econômica que Israel estava provando no governo de Acabe. O afastamento temporal da maldição sobre aquele que reedificasse os deus muro fez pensar que Deus tinha esquecido ou mudado de opinião. Deus não muda! Por isso os dois filhos de Hiel foram mortos (I Reis. 16. 34).  

CONCLUSÃO

Tais atitudes de Acabe, rei de Israel, que encaminhou esta nação a apostasia, fez perder o símbolo que carregavam como povo de Deus, nação escolhida por Deus. As atitudes ímpias de Acabe não fizeram Deus abandonar Israel, pelo contrário Deus enviou juízos a fim de trazer o seu povo para o seu pasto. Deus nunca desiste dos seus! Ele levantou profetas que foram verdadeiros apologistas na antiguidade, combateram como leais soldados e nunca baixaram à guarda, como foi o caso de Elias, o tisbita (será tema do próximo comentário).